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Voce Continua Bonita.Parte 5 de 7

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Duas horas e meia mais tarde

  Rarity planava aproveitando uma forte corrente de ar, enquanto desfrutava do cenário ao seu redor.
(Que noite linda! A lua em quanto crescente no céu. Incontáveis estrelas brilhando como joias na escuridão do céu. Quatro pégasos voando a esquerda e abaixo de mim...) E então, ela sai do seu devaneio (O quê? Pégasos?). E vira a cabeça para observar com mais atenção.
 Não eram Pégasos comuns. Deviam ser da Força Aérea porque usavam capacetes redondos marrom-dourado com viseiras pretas. Seu uniforme era cinza-escuro, portanto, também não eram Wonderbolts. Querendo evitar outro combate, Rarity sobe para uma altitude maior, batendo as asas o mais rápido possível. Um de seus perseguidores toca o capacete com o caso e fala no pequeno microfone perto da boca:
- Base. Aqui é Corisco Três. Acabamos de avistar o Grande Branco!
- Entendido. Qual é a sua posição?
- Setor dezesseis.
- Informe o curso do Grande Branco.
- Rumo dois-sete-zero, em alta velocidade.
- Entendido. Bom trabalho, Corisco três. Agora, retornem a base.
- Certo. Cambio final.
O sargento-aviador Fast Stream achava esquisito ter sido instruído para só informar qual a direção tomada por um dragão enorme como aquele que havia acabado de ver junto com seu grupo, mas sem atacá-lo. Entretanto quem havia dado tal ordem era a Princesa Celestia, e se ela havia optado por não dizer por que a vida do monstro devia ser preservada, com certeza era por algum bom motivo. Sentindo um pouco de incômodo por não combater uma ameaça em potencial, mas feliz por saber que ele e os colegas haviam cumprido o seu dever, Fast Stream e sua esquadrinha fazem uma curva para a direita, voltando para a sua base na cidade de Fulchester, nos Bosques Obscuros.

Ao sul, Twilight e suas amigas dormiam na base aérea de Yoke, nas Colinas dos Potros. A alicórnio estava no alojamento do comandante e suas amigas, no dos oficiais. Twlight,Dash e Fluttershy haviam vasculhado toda a região das Colinas sem encontrar qualquer pista de Rarity, e isso era algo frustrante.Então,Twilight e Spike são acordados por um sargento pégaso de olhos verde-claro, pelo vermelho azulado, crina e cauda azul-aqua com uniforme azul-escuro que bate a porta entra, e fazendo uma reverência diz, ofegante:
- Princesa Twilight... O Grande Branco...acaba de ser encontrado!
 Logo a princesa alicórnio e o seu grupo estão juntas na sala de comando da base, junto com o coronel e vários oficiais. Em cima de uma grande mesa estava o maior e mais detalhado mapa de Equestria que elas já tinham visto com 120 centímetros de largura e 180 de comprimento. A partir das informações enviadas por Fast Stream e sua esquadrilha, especialistas em navegação aérea fazem cálculos traçando o curso para descobrir para onde o grande dragão branco estava indo. Quando terminam o seu trabalho, Twilight e suas amigas ficam confusas. Dash franze a testa e comenta:
- O que a Rarity pretende fazer nesse lugar? Não tem nada por lá!
De pé sobre uma cadeira, Spike comenta:
- Eu acho que é por isso mesmo que ela o escolheu...

Era do Caos. Região das Montanhas de Cristal. Quatro anos e meio após Cherry Blossom ter sido amaldiçoada.
 O grupo de quatro Pégasos caminhava por uma garganta da largura de um campo de futebol, sob um vento forte que tornava o avanço difícil. O mais velho tinha olhos lilás, pelo cinza, crina e cauda amarela, usava um cachecol branco encolado no pescoço. O outro era um pônei adulto com olhos azul escuro, pelo marfim, crina e cauda alaranjada, e cachecol carmesim. O terceiro, um pégaso adolescente, olhos verdes, pelo marrom, crina e cauda verde limão, cachecol amarelo claro e por fim um potrinho em idade escolar, com olhos azul-claro, pelo amarelo ouro, crina e cauda azul anil com cachecol preto.
O Pégaso adolescente estava irritado com aquela situação.
- Nós somos Pégasos! O ar é o nosso elemento! Devíamos estar voando, ao invés de caminhar como reles pôneis de terra!
- Não seja tolo, garoto! – diz o pônei mais velho – Mesmo que o seu irmão caçula pudesse voar, fazer isso sob esse tempo seria perigoso! O vento poderia nos arremessar contra as montanhas e aí, poderíamos terminar do mesmo modo que Solar Justice!
- Quem era ele, vovô? – pergunta o potrinho.
- Ouvi dizer que ele morava numa cidade chamada Los Potros, perto das Altas Árvores Brancas.
- Isso fica muito longe daqui, papai. – assinala o Pégaso adulto.
- Sim, mas ele ouviu boatos que sua noiva havia sido vista nessa região, e veio atrás dela.
- Ela fugiu dele, o cara ficou furioso e começou a persegui-la? – pergunta o adolescente.
- Não. Solar ansiava em quebrar a maldição lançada sobre sua noiva Cherry Blossom, que foi transformada em dragão por um colar amaldiçoado.
- Uma pônei, transformada em dragão? Isso é mesmo possível? – pergunta o pônei adulto.
- Filho, nesses tempos agourentos, com a nossa amada terra natal sob o governo de um monstro louco que é a própria encarnação do caos, eu creio que tudo é possível!
- E quem fez esse colar terrível? – pergunta o adolescente.
- Uma pônei maligna e uma zebra.
- O que é uma zebra, vovô? – pergunta o potrinho.
- Um tipo de equino diferente dos pôneis, vindo de terras distantes.
- Diferente como? – pergunta o potrinho, cada vez mais curioso – Por acaso as zebras tem duas cabeças, cauda de lagarto ou algo assim?
- Não posso esclarecer suas dúvidas, meu querido Cool Breeze, porque jamais vi uma.
- E porque essa pônei malvada e a tal zebra fizeram o colar? – pergunta o pônei adulto.
 - Vingança, motivada pelo ciúme. A pônei foi preterida em favor de outra, e não gostou disso. Quanto a Solar Justice, ele e dois servos que também eram Pégasos, optaram por voar sob um tempo horrível, como esse agora. Então, uma forte rajada de vento arremessou Solar contra uma montanha. Ele foi gravemente ferido com o impacto, e morreu pouco tempo depois.
 Nesse momento, a intensidade do vento diminui, e o pequeno grupo de Pégasos ouve um gemido angustiado. Alguma coisa naquele som os assusta tanto que todos saem correndo, como se houvesse um bando de yetis famintos atrás deles.

Era Moderna

 Usando a resistência de seu poderoso corpo dracônico, Rarity havia subido até sete mil metros de altura de modo a não poder ser alcançada por nenhum Pégaso, e nem vista por qualquer pônei em terra. Com seu olhar aguçado, desviou das poucas cidadezinhas que viu, até chegar a uma região onde não havia nada num raio de dezenas de quilômetros.
(As Montanhas de Cristal! Se eu fosse para sudoeste, chegaria ao Império de Cristal. Mas eu não quero que a Candance e Shining Armor me vejam como eu estou agora. Nem a Twilight, as garotas ou Spike. Um monstro horrível como eu tem que permanecer sozinha... para sempre!)

Ao sul Twilight, suas amigas e Spike estavam em um trem rumo norte, para irem até o lugar mais próximo onde Rarity provavelmente estava. Todos tinham um só pensamento na cabeça: dizer para Rarity que elas continuavam a amá-la, e Sweetie Belle também.
Mas antes de terem saído de Neighcastle, o pequeno bando de pôneis tinha visto na TV no refeitório da base aérea uma notícia inusitada e surpreendente: uma família de pôneis dizendo que uma enorme e bondosa dragonesa branca com uma grande crista roxa havia salvado as vidas de todos eles, impedindo que fossem comidos por três dragões malvados. Dash fala:
- Não costumo dizer isso, mas dessa vez, a Rarity foi mais incrível do que eu!
- Sim, ela fez algo admirável! – comenta Fluttershy.
- Isso porque a palavra “admirável” define exatamente o que Rarity é! – diz Spike.
Twilight olha para seu assistente. O dragãozinho sentia orgulho e admiração por Rarity. E apesar de não demonstrar, estava muito preocupado com ela.
 Após dois dias de viagem, Twilight e suas amigas desembarcam na última parada da ferrovia, perto de uma cidade chamada de Castle Rock. A estação ferroviária era um local sossegado, mas estava um enorme alvoroço porque um telegrama havia sido enviado no dia anterior, dizendo que uma princesa alicórnio estava a caminho para uma visita, e mesmo sem saber os motivos, as autoridades locais prepararam um recepção pomposa com banda de música e presentes: um cachecol verde azulado para Twilight, marrom para Applejack, azul-turquesa para Fluttershy, malva para Pinkie e um alaranjado para Dash.
 No caminho para a cidade, o pequeno bando olha para a longa trilha de pedra ladeada por postes de madeira pintados de um alaranjado brilhante. Ao avistarem Rock Castle, ficam impressionadas com seu aspecto de fortaleza: era cercada por uma muralha de pedra com nove metros de altura, 120 metros de largura e 180 de comprimento, com grossos portões de carvalho branco cujas partes estavam unidas por anteparas de bronze.

No saguão da prefeitura saboreiam um banquete feito em sua homenagem porque todos estavam encantados com a honra de receber a visita de uma princesa! Mas quando ela diz para onde pretendia ir junto com as amigas, todos ficam horrorizados. O prefeito, um pônei de terra marrom com crina e cauda ocre chamado Hard Rock diz:
- Não pode estar falando sério, alteza! A região que mencionou está infestada por bandos de yetis! Aqueles monstros comem tudo em que conseguem agarrar e com certeza, irão adorar a oportunidade de comer carne de pônei! Se forem até lá,nunca voltarão vivas!
- Desculpe senhor prefeito, mas eu estou falando muito sério! Eu e minhas colegas viemos até aqui desde Ponyville para encontrar a nossa querida amiga Rarity, e não iremos desistir!
- Onde está a sua amiga? – pergunta alguém na audiência.
- Em algum lugar na região que a Twilight falou – responde Applejack.
- Então,ela já deve ter sido comida pelos yetis! – exclama um pônei de terra verde oliva claro, com crina roxa no meio da plateia.
- Se algum desses bichos chamados yetis aborreceu a Rarity, ele é que deve ter virado comida dela! – diz Pinkie Pie.
De novo, a reação da comunidade é de espanto.
- Sua amiga come yetis? Mas que tipo de monstro ela é? – pergunta Hard Rock.
- A Rarity não é um monstro! – protesta Fluttershy – Apenas foi vítima de um infortúnio.
Twilight opta por contar a história sobre o Dardo do Coração, como Rarity o havia encontrado, o que a joia amaldiçoada havia feito com ela, a família de pôneis cujas vidas Rarity havia salvado. Por fim, usa sua mágica para retirar o colar mágico do alforje e o mostra a todos. Após um longo silêncio, um unicórnio de olhos cinza-pálido, pelo azul-gelo, crina e cauda turquesa, cuja bela marca eram oito estrelas interligadas, formando a constelação do Touro, vestindo uma suéter vermelho azulado de gola role se levanta. Sua robustez faz Twilight e suas amigas pensarem em Big Mac. Ele olha para elas e diz:
- Todos em Rock Castle conhecem Solar Justice muito bem, pois é no cemitério da nossa cidade que ele está enterrado. Mas nunca acreditamos que o Dardo fosse real, até o momento em que você o mostrou, princesa. E se é preciso viajar até o Vale dos Yetis para resgatar a sua amiga, evitando que a tragédia de Cherry Blossom se repita eu, capitão Eastwood da Patrulha da Neve, as levarei até lá.
Twilight olha para aquele corajoso garanhão e diz:
- Eu e minhas amigas agradecemos a sua ajuda, capitão. Partiremos quando quiser.
- Vai anoitecer em poucas horas. Sairemos amanhã ao amanhecer, logo após o café da manhã.

 Longe dali em seu refúgio gelado, Rarity contempla a paisagem desolada ao seu redor: encostas cobertas por uma espessa camada de neve, com alguns pinheiros esparsos. Também era possível ver a distância algumas feras estranhas de pelo branco e membros longos que a olhavam com espanto, mas não ousavam se aproximar.
(Ao menos para alguma coisa a minha aparência enorme e assustadora serve!) – diz para si mesma.
 Ela continua andando até chegar numa encosta onde não havia neve por causa da inclinação acentuada e do vento intenso. Mas quando apoia o corpo nela a parede cede e ela cai dentro de uma enorme caverna. Apesar da luz vinda de fora iluminar uma parte do local, o restante era tão escuro que um pônei não conseguiria enxergar o próprio focinho.
 Entretanto, Rarity era um dragão e podia ver tudo tão claramente quanto se estivesse iluminado por tochas. Aí ela percebe que havia inscrições nas paredes da caverna. Eram de uma pônei chamada Cherry Blossom que tal como ela, havia sido vítima do Dardo do Coração.
A pobre coitada falava de suas desventuras: ela havia sido atacada pelo seu noivo Solar Justice e depois também por outros pôneis, que viam todos os dragões como inimigos a serem destruídos porque os consideravam vassalos do maligno governante de Equestria: Discórdia!
(Discórdia, governando Equestria? Mas isso foi a milhares de luas atrás!) Rarity continua a ler até chegar à última inscrição.

“Hoje de manhã, eu estava vagando pelos bosques quando ouvi alguns pôneis conversando e então fiquei sabendo que na verdade a minha transformação foi causada por Emerald Star a ex-noivo de Solar, que não gostou de ter sido descartada por causa de sua maldade, e arquitetou esse modo terrível para se vingar de mim e do meu amado. Provavelmente, ela deve ter contado alguma mentira para que ele me atacasse modo como fez talvez querendo que nos matássemos um ao outro em batalha. Como eu não percebi?
Mas isso não foi o pior: ouvi também que Solar morreu meses atrás enquanto procurava por mim, ansiando por encontrar um meio de quebrar a maldição que me transformou nesse monstro horrível que eu sou agora.
Com o meu grande amor morto, eu não tenho mais motivos para continuar vivendo. Decidi usar o meu sopro de chamas para derreter as rochas e selar a entrada da caverna. Desse modo, a falta de ar logo vai por fim a minha existência atormentada e sem sentido.”
Rarity sente um calafrio ao ler aquilo e procurando mais um pouco dentro da caverna, encontra um buraco no chão e dentro dele, o esqueleto de uma dragonesa.

(Então, foi assim que tudo terminou para você, Cherry Blossom? E será isso que me aguarda no futuro? Morrer sozinha nesse deserto gelado, sem ninguém para chorar por mim?)
Ainda mais triste e angustiada do que já estava antes de entrar na caverna, Rarity sai para o vale e olha ao redor de novo. Já havia anoitecido, mas sob a luz do luar ela acaba encontrando um local que parecia bom para um abrigo. Tal como havia feito antes nos Montes Obscuros, escava a encosta com as mãos e em pouco tempo, tem uma caverna grande o bastante para abriga-la. Deita-se e logo adormece.

 Na manhã seguinte, Twilight e suas amigas saem de Rock Castle, carregando mochilas com alimentos e barracas. Então Eastwood aproveita a oportunidade para falar sobre sua cidade e alguns outros assuntos mais:
- Os nossos antepassados vieram para essa região na época tenebrosa quando Discórdia usurpou o trono de Equestria. Desde o começo a vida aqui era difícil, porém não mais do que em outras partes, ainda mais com aquele monstro louco transformando a vida de todos os pôneis em um autêntico inferno.
- Discórdia mudou para melhor – diz Fluttershy – Porque agora ele compreende o valor e a importância da amizade!
- Isso é difícil de acreditar, garota.

Fluttershy então conta para Blue Storm como ela havia realizado tal façanha. O garanhão escuta com atenção e comenta:
- Espero que consiga mantê-lo sob controle senhorita Fluttershy, porque a capacidade daquela aberração da natureza em fazer estragos é imensa! Mas como eu estava dizendo, foi um trabalho árduo fazer as nossas casas, que eram alvo de frequentes ataques dos yetis e por esse motivo, tivemos de uma muralha de pedra em torno de Rock Castle.
- Como vocês fazem para se aquecer no inverno? – pergunta Dash.
- Temos uma vasta jazida de carvão de ótima qualidade não muito longe da cidade.
- Vocês vivem da venda de carvão? – pergunta Pinkie.
- Não. Existem algumas ervas medicinais que florescem apenas nessa região, e alcançam altos preços no sul. Além disso, também temos algumas jazidas de pedras preciosas. Foram essas coisas que motivaram a construção da ferrovia que vocês usaram para chegar até aqui.
- Que tipo de pedras preciosas vocês tem por aqui? – pergunta Spike.
- Rubis e ametistas. Mas porque isso parece lhe interessar tanto, dragãozinho?
- É que eu adoro comer pedras preciosas! Elas são uma delícia!
- É melhor não tentar fazer isso aqui! O prefeito e os joalheiros da cidade ficariam furiosos!
- Eu nunca comeria suas pedras preciosas, a menos que elas me fossem dadas! – retruca Spike, aborrecido com a insinuação de Eastwood.
- Spike é um bom dragão! Ele nunca infringiria a lei! – diz Twilight, também indignada.
- Peço desculpas, alteza. Não tive a intenção de questionar o caráter do seu assistente, e nem ferir os sentimentos dele - responde o robusto unicórnio.
- Desculpas aceitas, capitão. – reponde Twilight.
- Capitão, qual é o trabalho da Patrulha da Neve? – pergunta Applejack.
- No passado, nossa função era proteger a cidade dos yetis. Isso foi tornando-se menos frequente, à medida que a muralha em torno da cidade foi sendo erguida e ampliada. Diminuiu ainda mais depois que foi inaugurada a ferrovia, que chega até bem perto de Rock Castle. Atualmente, o mais fazemos é resgatar pôneis perdidos ou em perigo após acidentes. Mas de vez em quando, ainda travamos combates contra os yetis,
 A caminhada prossegue durante o dia, com algumas pausas para comerem e descansar, porque o avanço era árduo não só por causa da neve espessa, como também pelos fortes ventos. Quando começa a anoitecer, Eastwood diz.
- Agora teremos de acampar e também estabelecer turnos de vigia.
- Concordo sobre as barracas, mas ninguém precisará ficar acordado a noite. Eu me encarregarei da segurança de todos nós!
- Me perdoe à ousadia princesa, mas essa é uma região selvagem e muito perigosa!
- Capitão, a Twilight é uma das magas mais poderosas de Equestria!  - diz Applejack - Se ela diz que vai cuidar da segurança, pode ter certeza que fará isso!
O garanhão franze a testa, mas aguarda até as barracas (Duas para as garotas e uma para ele) ficarem prontas, e então ele vê o chifre da alicórnio brilhar, criando uma cúpula transparente em torno do acampamento. Twilight explica:
- Essa barreira protetora é tão resistente quanto uma muralha de pedras! Por mais fortes que os yetis sejam, eles nunca conseguirão quebra-la!
- Tem certeza disso, princesa? – pergunta Eastwood olhando admirado para a proteção mágica que a alicórnio havia criado tão facilmente.
- Sim, eu tenho! Saiba também que só eu poderei desfazer essa proteção.
- Pode dormir tranquilo, cara! – fala Dash.
O jantar é preparado e logo em seguida, Twilight e suas amigas vão dormir. Eastwood fica acordado mais algum tempo, apreensivo. Não demora mais do que uma hora para que um grande yeti se aproxime e olhe para a barreira transparente. Logo começa a esmurra-la, mas nada acontece. Depois vai até a floresta e volta com um pedaço de tronco de árvore com três metros de comprimento e quinze centímetros de diâmetro.
Bate nele contra a barreira até só restarem e o usa como um porrete, batendo na barreira até só restarem lascas. Enfurecido, o monstro começa a jogar pedras do tamanho de melancias, que se desfazem em cascalho e de novo, o resultado é nulo. O garanhão fica atônito.
(Como uma pônei tão pequena pode criar algo assim?)

Por fim, o yeti desiste e vai embora. Eastwood sabia que aquilo não era um sinal tão bom quanto aparentava ser, mas também que não adiantava ficar se angustiando a respeito. Então vai para dentro de sua barraca, e logo está dormindo também.
  Na manhã seguinte, a viagem recomeça e enquanto caminham por entre altos paredões de rochas cobertos de neve, com árvores em algumas partes, e várias fendas verticais. Applejack percebe que Eastwood está apreensivo, olhando para as encostas.
- Algum problema?
- Como você e suas amigas perceberam após acordar, o nosso acampamento foi atacado por yetis ontem á noite.
- Sim, eu você também nos falou a respeito.
- Aquelas feras não gostam de fracassar no ataque a uma presa. Parece que consideram isso algum tipo de insulto e quando um yeti não consegue derrotar sua vítima, chama outros para ajudar. É só uma questão de tempo até acontecer outro ataque.
- Talvez eu possa conversar com eles e fazê-los entender que não há motivos para serem hostis conosco. – diz Fluttershy.
A resposta de Eastwood abala a pônei amarela.
- Senhorita Fluttershy, ter colocado alguém como Discórdia no bom caminho foi um feito notável, mas pelo menos ele é um monstro racional. Os yetis são feras sanguinárias que só pensam em matar e comer. Se tentar chegar perto deles, terá a garganta dilacerada por garras afiadas antes de conseguir dizer uma sílaba!
- Tão ruim assim? – pergunta Dash.
- Sim, eu gostaria de poder dizer algo mais agradável para sua amiga, mas é impossível.
Horas depois, eles param para descansar e comer. A comida (barras de cereais com mel e chocolate, chá, biscoitos) ainda está sendo retirada dos alforjes quando Blue Storm alerta:
- Guardem tudo outra vez! Os yetis estão vindo!
As pôneis obedecem, apesar de não terem ouvido nada. Provavelmente, Eastwood devia ter seus próprios meios de perceber a chegada de um inimigo típico daquela região. Todos formam um círculo e se preparam para o combate. E saindo das fendas verticais, ou atrás das árvores, os yetis chegam urrando furiosamente.
Eram oito. O primeiro é atingido por uma rajada de energia mágica de Twilight, e arremessado para trás. Dash arremete como se tivesse sido arremessado por uma catapulta e atinge outro no peito com um duplo coice das patas dianteiras. Eastwood também usa uma rajada de energia para repelir que avançava com as mãos estendidas, olhando para Fluttershy, que decola na vertical até chegar a nove metros de altura quando para e assim permanece.
Applejack avança a galope, como se fosse acertar o yeti a frente dela com uma cabeçada, mas no último instante se abaixa, passando sob as pernas do inimigo então para de modo súbito, firmando as patas dianteiras no chão usando as de trás para golpear o yeti nas costas.   A fera é arremessada de tal modo que atinge outro yeti, e os dois caem no chão. Mais um é atingido pela mágica de Twilight, e Eastwood faz o mesmo com outro.
Vindo de cima, Dash mergulha e atinge outro na cabeça com as patas dianteiras, subindo antes de o inimigo revidar. Applejack se esquiva de um ataque e de novo atinge um yeti com suas patas traseiras. Um yeti ataca Spike e o dragãozinho cospe uma labareda que passa raspando pelo topo da cabeça da fera, queimando os pelos. Espantado o yeti toca a própria cabeça, percebe que ficou careca.
 Entretanto, o mais desconcertante para Eastwood era o comportamento de Fluttershy. A pônei amarela ficava pairando no ar, sem demonstrar qualquer medo com os gritos furiosos do yetis abaixo dela, que pulavam tentando agarrá-la, e ainda os repreendia:
- Eu e meus amigos estamos apenas de passagem. Não há motivo para vocês nos atacarem. E nem ficar usando essa linguagem horrível, cheia de palavras sujas! Por acaso suas mães não lhes ensinaram bons modos?

Parte 6 > tanukitagawa.deviantart.com/ar…
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